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terça-feira, 2 de setembro de 2008

7 princípios dos edifícios de alto desempenho


O projeto arquitetônico do bloco B do Unilasalle foi desenvolvido pelos arquitetos Marcos Cereto, Caio de Santi e Cristiano Freitas da Squadra Arquitetura Integral. O desenvolvimento do projeto foi pautado nos mais contemporâneos conceitos de arquitetura, focado na busca de uma arquitetura integral enfatizando a sustentabilidade arquitetônica. Dentro desse princípio, o projeto desenvolvido utiliza os 7 princípios dos edifícios de alto desempenho: ventilação, aproveitamento das águas da chuva, tratamento de esgoto, sombreamento, permeabilidade, telhado verde e redução energética.

Principio 01: Ventilação
A forma do edifico respeita os ventos predominantes, possibilitando a entrada e a saída dos ventos por dentro da edificação. Essa permeabilidade das fachadas possibilita uma ventilação incomum em Manaus nas galerias e na praça interna, demonstrando que é possível projetar utilizando a ventilação. Todos os espaços são dotados de ventilação cruzada, potencializando sua utilização sem a necessidade dos aparelhos de ar condicionado ligados durante todo o dia.

Principio 02: Aproveitamento das águas das chuvas
O edifico funciona com um sistema independente com 02 reservatórios superiores na laje de cobertura: um para água potável e outro para águas das chuvas. Através da cobertura principal, 50 % das águas das chuvas são captadas diretamente por gravidade para o reservatório superior com capacidade de 7500 litros. Esse reservatório superior abastece todo o sistema de caixa acoplada nos banheiros e também na irrigação das áreas do campus. O restante das águas das chuvas são armazenadas na cisterna, e nos períodos de verão, no caso de esvaziamento do reservatório superior, poderá ser bombeado com uma máquina de aquecimento solar, mantendo a utilização do sistema preservando a utilização água potável.

Principio 03: Tratamento dos esgotos
O edifício tem um moderno sistema de tratamento dos esgotos possibilitando o reaproveitamento de 100% da contribuição. Essa água retorna para a cisterna, mantendo o ciclo ecológico. Dessa forma, além de contribuir para o ambiente urbano, reduz o consumo de recursos energéticos.

Principio 04: Sombreamento
Nas fachadas longitudinais do Bloco B foi utilizado o conceito da "máscara arquitetônica" Essa máscara, define uma espessura maior na superfície havendo uma diminuição de áreas para aquecimento interno através da radiação térmica. A utilização dos brises horizontais , amplia o sombreamento reduzindo o ofuscamento e contribuindo para a redução do calor. O sombreamento minimiza a utilização do ar condicionado.





Principio 05: Permeabilidade

A proposta para o campus, estabelece uma ampliação da área permeável, modificando significativamente o micro clima, resfriando adequadamente o solo. A escolha do partido arquitetônico na adoção de 04 pavimentos, sendo que o plano diretor permitia até 08 pavimentos, esta na razão entre a área construída e na área de circulação. Dessa forma, há necessidade de apenas um elevador e escada simples, diminuindo o cuso da energia por m² de área útil. A ampliação de áreas gramadas cria uma nova paisagem ao campus com caminhos definidos com percursos em pedra basalto.



Principio 06: Telhado Verde

Em fase de implantação, o projeto adota o maior telhado verde de Manaus com área aproximada 1.100m². A cobertura vegetal sobre lajes, contribui para a redução da temperatura. Em Manaus, 60% do calor é oriundo da cobertura. Além de reduzir a temperatura, o telhado verde é responsável pela reintegração das aves no ambiente urbano, e será utilizado para hortas, auxiliando o processo de aprendizagem dos alunos.


Principio 07: Redução Energética
A redução no consumo dos recursos energéticos representa além da questão econômica, a responsabilidade ambiental. A área construída do bloco B são 7.588, 25m². O acréscimo de área construída no campus com o bloco B foi de aproximadamente 50% da área construída do campus. Dessa forma, hoje o campus do La Salle Manaus está com 21.672,05 m². Após 01 ano de funcionamento do Bloco B, o acréscimo nos gastos mensais com energia não chegou a 5%. Isso demonstra a necessidade de estabelecermos projetos arquitetônicos coerentes e responsáveis, para minimizar o consumo dos recursos energéticos em nossa cidade e no nosso país.

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